quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

"Não é bom que o homem/ mulher (Ser humano) viva sozinho" (Gen.2, 18)

 Foto: Minhas lembranças: Meu marido, amante, amigo, companheiro,
cúmplice, eterno namorado (in memorian) e
eu, sua amante, amiga, companheira, cúmplice e eterna namorada (Saudades e Fé).
        Os trechos de inspiração para esta conversa que proponho a vocês são: "não é bom que o homem viva sozinho" (Gen.2, 18) e "por isso, um homem deixa seu pai e sua mãe, se une à sua mulher, eles se tornam uma só carne" (Mc 10, 7).  Na verdade, viver sozinho ou mau acompanhado não é bom para ninguém, precisa-se de outrem que nos ajude nos momentos bons, saudáveis, nas alegrias, nas tristezas, nas tomadas de decisões. Esses, outrens, podem ser seus familiares, pai, mãe, filhos, irmãos, amigos e um religioso (a).
        Assim sendo, ao optar pelo relacionamento conjugal, existirá uma aliança; é ai, que o homem se une a uma mulher e se tornam uma só carne, pelo ato litúrgico do matrimonio. E, ao se unirem em matrimonio irão partilhar suas vidas, seus corpos. Observando que no casamento, tanto está incluso o amor sagrado (procriação), quanto o amor prazer, um respeitando e valorizando a sexualidade do outro. Portanto, o  sentido cristão da sexualidade, do sexo na vida do casal. tem uma dimensão procriativa, unitiva, que agrega valor a intimidade do casal, porque o sexo não vem como o principal. O principal é a conversa, é a relação próxima, intima, de amizade, de partilha de pensamentos, sentimentos que vai sendo construído antes do matrimonio, e após o matrimonio é ampliado para o sexo, pela intimidade que já possuíam. Por isso, no universo cristão, acredita-se que o sexo isolado perde o seu sentido. 
        O casamento, a vida sexual se tornam ilegítimos  quando não existe amor. Assim, tanto homem quanto mulher, ao amarem um ao outro, fazendo com que este amor culmine no casamento, aprendem que amam um ao outro, mas que primeiro aprenderam a si amar também, jamais aceitando ser objeto de prazer na relação apenas para prenderem um ao outro. Isso não é amor. O amor não prende, conquista através de convivência, da intimidade, que faz com que um queira estar ao lado do outro sempre. E, aqueles que vêem na relação apenas o sexo pelo sexo, vive em busca de algo pelo vazio que esta relação trás e, não compreende o prazer do partilhar de si completa e inteiramente com quem se ama. Inteiramente sim, porque como são casados, não há a desconfiança e o medo que muitos tem e sentem após uma relação sexual superficial, em que gostariam de acordar e depois ficar ao lado após o ato e não podem e nem sabem se poderão novamente ou não, ou seja, não houve a intimidade, mas a precipitação. Assim, se não conseguem conversar, ver no parceiro um companheiro, um cúmplice, um amigo antes do casamento e após, o mesmo com o homem, não consegue ver na parceira uma cúmplice, uma amiga antes do casamento, este casamento se torna uma grande tragédia chegando a separação. 
        Logo, nota-se o desconhecimento dos obstáculos que dificultam a união conjugal, segundo o  Teólogo prof. Felipe Aquino (a ignorância, o medo e o egoísmo).  Daí a necessidade de formações, estudos que orientem os jovens casais para ingresso na vida conjugal.  Assim sendo, é necessário que ao longo do namoro, noivado esses  já venham fazendo algumas leituras e conversando sobre alguns aspectos que serão presentes no relacionamento conjugal, marido e mulher, pois a " vida sexual do casal, se não for manifestação intensa de todo seu amor, em ´pouco tempo poderá ser motivo de desilusão ou separação", conforme citado anteriormente, por isso, cabe ao casal  conscientizar-se de que o sexo é belo,  é legitimo, é abençoado, é puro e também é inviolável, é íntimo, Respeitem-se,  não precisa que desnudem suas intimidades sexuais com amigos em conversas, zaps, nas rodas de indecências. O ato sexual deve ser puro e natural, requer uma preparação recíproca com carícias, aconchegos, palavras doces, respeito,  para que juntos cheguem ao orgasmo, ao ápice. Não precisa procurar lugares espúrios, para viver bem o ato sexual. O único local que legitima o ajustamento sexual do casal é sem dúvida o leito em sua própria casa. Em (1Cor 7,3-5) tem-se que: "O Marido cumpra seu dever para com sua esposa e e a esposa, com seu marido.O corpo da mulher pertence ao marido e vice versa em relação ao marido e mulher. Não devem se recusar um ao outro se não de comum acordo e ao retornarem o façam de forma abençoada."   A  afirmativa de São Paulo legitima a importância da vida sexual entre marido e mulher, mas não entre namorados e noivos como hoje é comum. Em consequência,  temos uma enorme quantidade de adolescentes com o os mais diferentes vírus , abortos, estupros, enfim muitos homens e mulheres insaciáveis e aventureiros, mesmo sabendo que o julgo final faz parte da vida .
        Também, fala-se muito em problemas psicológicos que podem prejudicar o relacionamento conjugal,   tipo frigidez, medo, insegurança todos ocasionados por vivências de tempos remotos, que marcaram a infância da mulher ou do homem. nestes casos, só um tratamento psicológico possa ajudar,lembro aqui de uma novela global em que a criança fora molestada pelo padrasto e ela tinha medo de falar,  quando espocou em seu casamento ela quase perdeu o marido, ate que tudo foi descoberto e apos tratamento ,a recuperação; e, aqui tem-se a dedicação do marido a esposa, da compreensão que ele teve com ela, da amizade, do companheirismo, do respeito ao dar a esposa o seu tempo para superar as dificuldades e assim, poder estar inteira com seu esposo.
        Portanto, vale lembrar que se um oferecer amor verdadeiro ao outro,  a relação se fortalecerá e a será visto a criação de uma família que conquistará no dia-a-dia o equilíbrio, oriundo da compreensão, do amor, da amizade, da partilha abençoada, da intimidade que a convivência proporcionou um ao outro.  

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